A pandemia do Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, atingiu milhões de pessoas em todo o mundo; no Brasil, até agora (18 de março), são 291 casos confirmados e 8.819 suspeitos, segundo o mais recente relatório do Ministério da Saúde. O Estado de São Paulo apesenta o maior número de casos confirmados, com 164. As estatísticas mostram que as pessoas com enfermidade de maior letalidade estão os idosos.

coronavírus

E por quê? Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), os agentes infecciosos do coronavírus provocam sintomas similares a outras doenças, como a influenza, comum na população idosa. Além disso, a imunosenescência, que é o enfraquecimento natural do sistema imunológico, pode deixar os idosos mais vulneráveis às infecções em geral – e o Covid-19 não é exceção!

De acordo com a rede britânica BBC, o novo coronavírus chega a ser quase sete vezes mais letal entre quem tem mais de 80 anos de idade.

Algumas pesquisas mostram maior vulnerabilidade entre idosos quanto à incidência da nova epidemia – pessoas com diabetes, doenças cardíacas e pulmonares sofrem ainda mais, explica a SBGG. Além disso, os pulmões e mucosas nessa faixa etária são mais frágeis e vulneráveis a doenças virais; a ida frequente a hospitais expõe o idoso ao contato maior de micro-organismos.

Outra pauta importante a ser levantada é a interação com crianças, que ocorre em muitos casos com aqueles que já são avós. Geralmente, os pequenos apresentam sintomas leves, e têm chances até de terem a doença assintomática (que não apresenta sinais), mas podem carregar o vírus e transmiti-lo. Sendo assim, fica a recomendação: pelo menos pelos próximos dois meses, evitem o contato pessoal com os netos; uma boa dica é conversar com eles por telefone, mensagem ou pela internet.

E quando deve-se procurar o atendimento médico? Somente se apresentar FEBRE, TOSSE e DIFICULDADE EM RESPIRAR. Os idosos que já têm outras enfermidades como, por exemplo, diabetes ou pressão alta, devem mantê-las sob controle para não precisarem ir ao hospital e ficarem suscetíveis ao vírus.


Idosos e a prevenção do coronavírus

Apesar de os riscos serem maiores para a população idosa, especialistas afirmam que os cuidados com a saúde são os mesmos do restante da população:

  • Restrição do contato social, idas ao mercado e farmácias – não quer dizer trancá-los em casa, mas evitar a exposição;
  • Cancelar viagens, evitar cinemas, shoppings, shows e outros locais de aglomeração;
  • Não cuidar dos netos, optar pelo contato via celular ou telefone;
  • Estar em dia com o calendário de vacinação para se proteger de múltiplas infecções, como por exemplo a vacina da gripe (a campanha terá início em 23 de março e priorizará os idosos);
  • Beber muita água (se hidratar), alimentar-se bem e fazer leves exercícios em casa (se manter ativo);
  • Usar máscara somente se apresentar sintomas;
  • Cuidadores e familiares devem redobrar a atenção com relação à limpeza das próprias mãos e com os cuidados deles;
  • Ao espirrar ou tossir, sempre direcionar a boca no braço;
  • E o mais importante: higienizar as mãos com frequência – a seguir, saiba como usar o álcool em gel (quadro 1) e lavar as mãos com sabão (quadro 2) corretamente, de acordo com as instruções da Organização Mundial da Saúde – OMS (em 13 de março de 2020).

Os números já comprovaram que os idosos são a população mais vulnerável ao coronavírus. Agora, é a hora de nos cuidarmos e pensarmos no outro – a prevenção neste primeiro momento é essencial para contermos o contágio, principalmente para não colocarmos a saúde dos idosos em risco. Cuide-se e compartilhe informações seguras com os familiares e amigos!