Estrutura importante do joelho, o menisco, quando lesionado,pode causar de dor até sérios problemas de mobilidade. A lesão do menisco pode acometer pessoas de diferentes idades e sexo e, por isso, resolvemos esclarecer as principais dúvidas sobre o tema.
Antes de começarmos, vale entender o que são os meniscos. Como já dissemos, trata-se de uma parte estrutural essencial para o joelho, a maior articulação do corpo humano – já até falamos no blog sobre os cuidados necessários nessa região. O menisco fica localizado no meio do joelho, entre o fêmur e a tíbia, e tem três funções principais: absorção de impactos, auxilia na estabilidade do joelho e na distribuição do líquido sinovial para a nutrição da cartilagem.
A lesão acontece quando há uma ruptura, geralmente causada por uma pancada forte no joelho, ou ainda quando a pessoa gira muito rápido o corpo sobre uma perna, levanta mais peso do que o corpo suporta forçando as pernas e até quando prende o pé enquanto caminha.
Quando falamos da lesão do menisco, algumas dúvidas podem surgir: como é causada, qual o grupo de risco, os sintomas, se há indicação de cirurgia. Para te ajudar a esclarecer, respondemos algumas delas a seguir.
Como ocorre a lesão do menisco?
Ela pode ser causada por três motivos: traumas, processo degenerativo articular (um desgaste natural devido à idade que pode provocar a lesão) ou malformações. O primeiro pode ocorrer por trauma torcional (torção no joelho), como no futebol, ou por pequenos traumas de repetição, como na corrida.
Então a lesão pode ocorrer só nos idosos ou em quem pratica esporte?
Não. Ninguém está imune à lesão. Porém, as degenerativas são mais comuns em idosos; já as traumáticas, em jovens ativos.
Quais são os sintomas do rompimento?
O principal é a dor localizada, seja na parte de dentro (menisco medial), ou na parte de fora (menisco lateral), e que se agrava durante a rotação do joelho ou agachamento. Dependendo do caso, outros sintomas comuns são: sensação de bloqueio, travamento e inchaço.
Como tratar uma lesão do menisco?
Antigamente, a prática comum era a a retirada de todo o menisco lesado (meniscectomia total); porém, esse não é mais o procedimento padrão. Quando há pequenas rupturas, sem dor de origem mecânica, a lesão inicialmente é tratada de maneira simples e sem a necessidade de métodos invasivos. Fisioterapia, reforço muscular (com a orientação adequada), imobilização e medicamentos são suficientes para restabelecer o local. Porém, quando estes tratamentos não dão resposta ou a lesão é grave, a indicação é de cirurgia. Pode ser feita a sutura do menisco ou a retirada apenas da parte lesada do menisco (meniscectomia parcial), e uma série de fatores determina qual tratamento cirúrgico será adotado: tamanho da lesão, local da lesão, seu padrão, tempo, idade do paciente e qualidade do menisco a ser suturado (tecido bom, em condições de receber sutura ou não).
Via de regra:
1. lesão degenerativa: começa tentando com tratamento conservador, se houver falha, faz meniscectomia parcial;
2. lesão traumática em paciente jovem: se possível, sutura a lesão; caso contrário, meniscectomia parcial.
Quanto tempo leva para curar o menisco?
Depende da lesão. Aquelas que evoluem bem com tratamento conservador, em dois a quatro meses. Pacientes submetidos à meniscectomia eventualmente conseguem voltar a praticar todas as atividades normalmente em seis semanas. Pacientes submetidos à sutura de menisco levam de quatro a seis meses para poder voltar a praticar atividade sem restrições.
Dica final: está com dor na região do joelho, principalmente após um movimento brusco? Procure o ortopedista. Já está tratando a lesão do menisco? Faça-o de maneira adequada, exatamente como foi prescrito pelo seu médico – nunca abandone o tratamento!